Um jeito especial de olhar, atitudes que aliam ousadia com sutileza e um visual caprichado são ingredientes que ajudam a despertar o interesse masculino
Sabe aquela repentina inquietação de sentidos que você experimenta quando encontra alguém especial? Segundo pesquisadores do comportamento humano, ela é menos casual do que parece à primeira vista. Eles a explicam como resultado de uma série de alterações na química cerebral, desencadeadas por fatores que, na mente inconsciente, estão relacionados a bons momentos passados, como um cheiro, um som, uma entonação de voz, um gesto. Coisas simples, mas que evocam associações positivas e explicam por que algumas pessoas são interessantes para uns e totalmente sem graça para outros.
Pesquisas científicas à parte, o fato é que, quando essa química acontece, a gente quer conquistar aquele que a desencadeou. É aí que entra a paquera, que pode ser bem ou mal-sucedida, dependendo do quanto você domine o jogo da sedução e saiba interpretar o que está por trás das reações do outro. Sem perceber, a partir do momento em que alguém chama nossa atenção, iniciamos uma equação inconsciente, atribuindo "notas" para as características físicas e comportamentais da pessoa. E o resultado dessa soma determina se o sentimento e o interesse vão ou não seguir adiante.
A explicação é do psicólogo Ailton Amélio da Silva, professor da Universidade de São Paulo e autor de Seleção de Parceiros, Flerte, Namoro e Casamento: uma Abordagem Observacional e O Mapa do Amor (Editora Gente). Foi com base em estudos como esses que OuSe montou este guia da conquista, com dicas que podem facilitar a vida de quem busca um novo relacionamento. Acompanhe.
A ESCOLHA DO LUGAR
É uma arte. Quando se fala em paquera, muita gente pensa logo em danceterias e baladas noturnas em bares, e só. Mas ela também acontece no trabalho, na faculdade, em livrarias, em viagens. Quanto mais diversificada e rica é nossa vida, mais chances temos de estabelecer uma relação de atração com homens interessantes. Claro que, num primeiro momento, a beleza física é o que mais chama a atenção deles.
Se o contato inicial, porém, acontece numa situação de grupo, são outras as qualidades que sobressaem, como bom humor, gentileza e disposição para conversar sobre vários assuntos. Daí que uma boa idéia é paquerar em festas e lugares onde estejam pessoas conhecidas, cujos amigos, provavelmente, têm muito em comum com você e vão saber valorizá-la.
TOMAR OU NÃO A INICIATIVA
Ainda é um dilema para muitas de nós. E com razão. Se a "etiqueta amorosa" já aceita que a mulher não se limite a ficar passivamente esperando ser notada, também é verdade que continua sendo um desafio encontrar o limite entre o sensual e o vulgar, o surpreendente e o constrangedor. Muitos homens, sobretudo os mais tímidos, esperam que a mulher envie sinais de que eles podem se aproximar.
Mas preferem que isso seja feito de forma sutil. Ir direto ao assunto quebra a seqüência natural da conquista, em que a descoberta do outro e o romantismo são etapas importantes e não devem ser queimadas. Aliás, a não ser que você esteja interessada apenas em parceiros sexuais de uma noite só, jogue fora aquela pilha de revistas femininas que aconselham cantadas à queima-roupa ou toques no peito, nas coxas e nas costas do cara.
São iniciativas de mau gosto, invasivas e pouco toleradas pela maioria dos homens. Também para eles, a sedução é um jogo, que pode acabar antes da hora se houver abordagens muito explícitas.
TÁTICAS DE SEDUÇÃO
Baseadas num roteiro feito de caras, bocas, gestos e comportamentos ensaiados raramente funcionam. Mesmo porque qualquer falta de naturalidade é percebida de longe nas situações que envolvem conquista, nas quais se estabelecem "diálogos corporais", cuja interpretação ocorre no inconsciente, sem possibilidade de armações, mentiras e fingimentos.
ALGUNS PECADOS MORTAIS
Acabam com suas chances de conquista, antes mesmo que o jogo da paquera comece. Os mais graves estão no terreno das expectativas, seja em relação ao parceiro, seja em relação ao desfecho da conquista. Não restrinja sua lista de homens paqueráveis apenas aos que são bonitões, ricos, cultos ou atléticos - não se trata, aqui, de se contentar com qualquer mané, mas de não menosprezar caras que podem ser companhias estimulantes, mesmo que não se enquadrem nos seus padrões de perfeição.
Outro lembrete importante: nem todo encontro significa casamento à vista. Falar do seu desejo de ter filhos e de como é a casa dos seus sonhos em plena paquera é pular etapas e pode fazer seu eleito arranjar uma desculpa e cair fora rapidinho.
SABER A HORA DE CAIR FORA
É o que diferencia a mulher equilibrada, consciente de seu valor, da imatura, para quem a conquista é apenas um jogo de poder. Se o homem não dá pistas de corresponder ao seu interesse, consulta o relógio a toda hora, deixa a conversa morrer e fica com o olhar vagando pelo ambiente, não tenha dúvidas: a atração não é mútua e nem vale a pena insistir. Outro cuidado é manter a objetividade de julgamento. Embora uma paquera não justifique fantasias de um compromisso mais sério no futuro, é só a primeira parte do jogo. E permite perceber certas características que podem ser inegociáveis. Caráter é o primeiro desses pontos.
O tipo conquistador incorrigível, por exemplo, é sempre uma fria. Homens agressivos e violentos, que expressam as emoções batendo portas, em vez de conversando, também devem ser descartados como "sapos" logo de cara. Finalmente, boas maneiras (inclusive com o garçom) não são mera formalidade e dão importantes indícios sobre a capacidade dele de se preocupar com o bem-estar alheio e respeitar o outro.
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